- Tem cigarro?
- Não, mas tenho fogo.
domingo, 30 de outubro de 2011
sábado, 29 de outubro de 2011
O deserto e aquilo que balança
Mesmo no meio do nada há dois caminhos, duas estradas, muita areia e alguma água – o que pode nos fazer atolar...
O movimento é o que balança os poucos arbustos da estrada. A gente trepida no meio do nada.
O céu desanuvia, esconde a lua, engole seu cinza, deposita gotículas de água na minha janela.
A gente viaja.
Uma busca que parece encontrar aqui, no meio desse nada, a milhares de quilômetros do conhecido, aquilo que só nós mesmos podemos perder, mas também encontrar: o EU!
A natureza se exibe sem medir tamanho.
A lua volta a parecer atrás do morro.
São 6h, 6h30 da manhã de uma quinta-feira e a Bolívia desenha um cenário novo.
Não ter nada além de areia, morros e arbustos no campo de visão dá um certo alívio.
Agora uma placa indica que estamos no quilômetro 132. Lembrança de que isso é uma estrada, que outros já tiveram por aqui e, talvez o mais importante, que ela nos leva a algum lugar.
Voltamos a trepidar com força.
Por las rutas del salar, reforça o letreiro do protetor da poltrona à minha frente.
Sinuosa, com neblina, de terra branca, com céu azul amanhecendo e uma lua a clarear...A estrada abre caminho para os viajantes passarem.
A lua é tão bela que fere a aridez do cenário.
Venta e a areia teima em se desprender do chão.
A lua desafia os sinais laranjados do sol.
A lua vira quase um borrão, enquanto o sol tenta se livrar de uma nuvem negra para se mostra por inteiro.
O caminho é difícil para ambos e em alguns momentos parecem recuar, desistir, mas teimam e seguem seus destinos.
O sol chega ao meu rosto.
A sombra do que somos agora atinge a pedra: só mais um veículo em movimento.
O movimento é o que balança os poucos arbustos da estrada. A gente trepida no meio do nada.
O céu desanuvia, esconde a lua, engole seu cinza, deposita gotículas de água na minha janela.
A gente viaja.
Uma busca que parece encontrar aqui, no meio desse nada, a milhares de quilômetros do conhecido, aquilo que só nós mesmos podemos perder, mas também encontrar: o EU!
A natureza se exibe sem medir tamanho.
A lua volta a parecer atrás do morro.
São 6h, 6h30 da manhã de uma quinta-feira e a Bolívia desenha um cenário novo.
Não ter nada além de areia, morros e arbustos no campo de visão dá um certo alívio.
Agora uma placa indica que estamos no quilômetro 132. Lembrança de que isso é uma estrada, que outros já tiveram por aqui e, talvez o mais importante, que ela nos leva a algum lugar.
Voltamos a trepidar com força.
Por las rutas del salar, reforça o letreiro do protetor da poltrona à minha frente.
Sinuosa, com neblina, de terra branca, com céu azul amanhecendo e uma lua a clarear...A estrada abre caminho para os viajantes passarem.
A lua é tão bela que fere a aridez do cenário.
Venta e a areia teima em se desprender do chão.
A lua desafia os sinais laranjados do sol.
A lua vira quase um borrão, enquanto o sol tenta se livrar de uma nuvem negra para se mostra por inteiro.
O caminho é difícil para ambos e em alguns momentos parecem recuar, desistir, mas teimam e seguem seus destinos.
O sol chega ao meu rosto.
A sombra do que somos agora atinge a pedra: só mais um veículo em movimento.
Assinar:
Postagens (Atom)