Cada um de nós é um mundo. Vários mundos. O mundo das moléculas, do corpo, dos sentimentos, dos pensamentos... Um mundo que dá nome, idade, filiação, que tem procedência, ocupação (futuro, objetivo?). Dela, eu não sei nada desse último mundo. Sei que está arrepiada de frio, que a coberta lhe deu alergia, que gosta de fazer e receber carinho na nuca. Sei que gosto de fazer parte desse mundo.
Admiro os seus silêncios. Há um mistério, os outros mundos a serem descobertos. Às vezes, tenho vontade de fazer todas as perguntas de uma só vez. Mas sei que as repostas não serão tão sublimes quanto esses espaços que aos poucos podem ser completados. Na verdade, a minha maior dúvida é se seriam as respostas que trariam tédio ao amor?
***
- Será que um dia serei o cara que segura o bebê no supermercado enquanto a mulher escolhe a melhor alface para o jantar?
***
O amor é impalpável. São os silêncios, os barulhos. É como o jornalismo que a gente quer: utópico – e talvez inalcançável.
***
É um toque de vida. É a vida. Então, porque a gente dificulta tanto?
***
- Às vezes, acho que a vida a dois não é para mim. Não que eu não saiba amar. É que meu amor é fácil demais para complicar com as regras sociais, pactos eternos e burocracias cotidianas. É possível o amor sem a rotina?
[15/08/2010]
Entre Aspas: Morremos tão pouco de amor, e nos matamos tão pouco de amor. Não quererá isso dizer que somos uns pobres, uns desgraçados impotentes do sentimento? Nelson Rodrigues.
Entre Aspas 2: João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história. (Quadrilha) Carlos Drummond de Andrade
Admiro os seus silêncios. Há um mistério, os outros mundos a serem descobertos. Às vezes, tenho vontade de fazer todas as perguntas de uma só vez. Mas sei que as repostas não serão tão sublimes quanto esses espaços que aos poucos podem ser completados. Na verdade, a minha maior dúvida é se seriam as respostas que trariam tédio ao amor?
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- Será que um dia serei o cara que segura o bebê no supermercado enquanto a mulher escolhe a melhor alface para o jantar?
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O amor é impalpável. São os silêncios, os barulhos. É como o jornalismo que a gente quer: utópico – e talvez inalcançável.
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É um toque de vida. É a vida. Então, porque a gente dificulta tanto?
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- Às vezes, acho que a vida a dois não é para mim. Não que eu não saiba amar. É que meu amor é fácil demais para complicar com as regras sociais, pactos eternos e burocracias cotidianas. É possível o amor sem a rotina?
[15/08/2010]
Entre Aspas: Morremos tão pouco de amor, e nos matamos tão pouco de amor. Não quererá isso dizer que somos uns pobres, uns desgraçados impotentes do sentimento? Nelson Rodrigues.
Entre Aspas 2: João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história. (Quadrilha) Carlos Drummond de Andrade