sábado, 7 de janeiro de 2012

2011: o ano do Não

Acabo de fazer as pazes com 2011. Os anos ímpares costumam reservar sorrisos largos para mim e com esse que termina não podia ser diferente. Mas 2011 foi bipolar, de altos, baixos, conquistas e de chegar tão perto de outros objetivos, que a sensação de quase tocá-los traz um certo ressentimento por ainda não conseguir agarrá-los como merecem.

O ano começa onde termina: na areia de Copacabana, com o espetáculo celeste e fogos que podem até ser artificiais, mas aquecem o coração até dos mais incessíveis. Entra e sai ano, o Rio continua inspirador e ótima opção para passar réveillon.

No campo profissional, atingi um dos meus objetivos em São Paulo, que era trabalhar em um grande veículo. Aprendi a fazer rádio e TV profissionalmente e me joguei de cabeça nesse desafio. Aprendi a dizer Não, a ser protagonista da minha carreira e tornei-me microempresário. Lancei-me como freela, utilizei a cara-de-pau, a coragem e estou na batalha. A maior lição do ano, no entanto, foi que nunca mais, mas NUNCA MAIS mesmo, vou ficar seis anos sem férias. Elas são fundamentais para o equilíbrio físico, mental, emocional e para continuar dando conta de todas as heresias do dia a dia.

Se em 2010 foi o ano que mais trabalhei na vida (como escrevi aqui), o ano que passou foi o mais tranquilo. Horários mais flexíveis, nenhum fim de semana trabalhado, nenhum feriado e folga de 15 dias no fim do ano – quase um sonho em outras épocas. Todavia, tiveram baixos também, com dificuldades para conseguir freelas, mas o saldo, sem dúvidas, é positivo.

As mudanças prometidas para 2011 vieram. Elas foram mais internas e pessoais do que um simples trocar de emprego. Aliás, trabalho começa a deixar de ser prioridade número 1. No fim do ano, tive uma sensação de ruptura, de novo ciclo começando, uma fase ainda mais adulta, com liberdade, maturidade, independência e pé no chão para traçar os novos dias de 2012.

No campo pessoal, uma viagem ao Peru, com passagem pela Bolívia, sonhada há tempos. Ela teve execução primorosa, com direito a fazer tudo que eu queria (...). Carnaval em Paraty, Semana Santa no Pantanal, descanso em Campo Grande e aniversário da Mafer em Cuiabá também foram importantes para recarregar energias.

Uma frase que ouvi no começo do ano determinou como tentei encarar as coisas: "o segredo da felicidade é não criar expectativas". É, em grande parte, verdade e adotei o método: menos ansiedade, menos frustrações, sofrimento... Sem dúvida, é um processo de amadurencimento, mas esse estilo blasé também tira parte da graça da vida, por isso, tenho tentando adotá-lo com moderação.

Foi ano de buscar o “tesão perdido”, de realçar amizades paulistanas, de intensificar a relação amor e ódio com São Paulo, de – pasmem – não ter nenhum grande amor (existe amor em SP?). Talvez se eu tivesse consultados os astros, eles tivessem recomendado cuidado com saúde: torci o pé, tive duas conjuntivites e gastrite.

Respiro aliviado por estar melhor resolvido com 2011. Já 2012 é ano de agarrar alguns daqueles sonhos que só toquei, de continuar o movimento de 2011, de novos desafios e mais aventuras (espero). Desejo mesmo que seja o ano do Sim! – mas só caso se tiver tesão.

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