quarta-feira, 8 de julho de 2009

Palavras em fúria

Tenho cada vez mais vontade de escrever. De publicar meus textos aqui, de interagir com o mundo. Tenho achado os meus textos cada vez mais objetivos, diretos, secos. Sem vida, ruins e burocráticos. Isso não é para chamar elogios. Não adiantariam. Escrevo para mim, mas o resultado não tem me agradado.

Mesmo assim, há uma fúria em escrever. Boa parte incentivada por Débora e Marina. Amiga recente e amiga antiga que acabam de estrear no mundo dos blogs (leiam em http://imagemeletra.wordpress.com e http://www.serei-breve.blogspot.com) e estão com toda voracidade de escrever. Elas me impulsionam. Assim, como o Hélio, que publica cada vez menos em seu blog, mas guarda em seu arquivo preciosidades adoráveis (www.heliofilhoagain.blogspot.com).

A inspiração vem sempre no mesmo horário: entre 18 horas e 18h30 durante a caminhada de volta para casa depois de um dia de trabalho. Isso não tem preço. Carro nenhum substitui – ainda bem que não pretendo ter um a curto e médio prazo....

Talvez eu devesse escrever sobre pessoas. Essas que a gente vê na rua. Sobre suas conversas. Não grandes diálogos, mas essas conversas entrecortadas que ouvimos enquanto estamos passando por elas na rua. Isso aguça meus sentidos, minha curiosidade. Gay Talese diz que para o jornalista é mais importante curiosidade do que o diploma. Tenho os dois. E ideias também: tenho um projeto de escrever historinhas de ficção (ou não) a partir dessas frases soltas vindas de pessoas estranhas. Não copie a sacada e tenha paciência. Em breve concretizo aqui.

PS: Fiz dois textos sobre São Paulo e não falei do quanto é caro viver aqui? Como assim?! Minha conta já está no vermelho e o mês nem começou. Os dígitos negativos só tendem a aumentar até o fim de julho. Fazer o quê? Vou curtir a doce hipocrisia da classe média e arrotar paulistanesias por aí...

Entre Aspas I: Perguntaram a Picasso sobre a sua inspiração. E ele: ‘Ah, se ela viesse quando estou trabalhando’. Frase sem identificação de autor.

Entre Aspas II
: Um bom texto se faz sozinho. Se a mão está feliz, o texto sai bom. Autor desconhecido por mim

Entre Aspas III: Eu escrevo para me livrar de mim mesma. Catherine Millet

3 comentários:

Unknown disse...

Guiiii... fiquei feliz em ver meu nomezinho citado no seu posto (junto com meu blog). É bom saber que te impulsiono de alguma maneira, mesmo longe. E saiba que sempre farei isso... não fico um dia sem dar uma espiadinha nos seus textos (nos dois blogs) e me delicio sempre. Você tem um dom, que eu acho que não é o mesmo que o meu, você sabe. Acho que cada um de nós tem suas potencialidades. A minha talvez não seja escrever como você, mas gosto de estar sempre em contato com as palavras, como que para dizer: estou aqui, não se esqueçam de mim que eu não me esquecerei de vocês.
Enfim... sigo firme e forte no meu espaço cibernético, mesmo solitária, ou com poucos leitores (hehehehe)... e espero confiante que você também siga... e me surpreenda... sempre!
AMO!

Unknown disse...

"posto" é ótimo!!!

Huahuahauhahuahha...

Débora disse...

Gui, que lindo chegar nesse quintal tão florido e com som de pássaros e buzinas e descobrir que te incentivo. Meu, vc tem certeza disso? Como é que uma pessoa com apenas quatro posts pode incentivar alguém... hehehe
Como comentei com a Angela esses dias, acho que é tudo uma grande corrente, um puxando o outro a tentar, experimentar e se arriscar a colocar tudo pra fora, com as palavras que achar mais convenientes.

Curti pacas a ideia de transformar as conversinhas casuais alheias em ficção. Com o seu talento, certeza que vai render muita coisa boa.

Ah, e adorei o primeiro Entre Aspas... rs
Beijão